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Oração de Pentecostes

por Rudolf Steiner

Palestra de 07 de março de 1914,

em Pforzheim, Alemanha

Tradução: Jonas Bach

 

“No começo primordial era a Palavra

E a Palavra estava com Deus

E um ente divino era a Palavra,

No começo primordial, ela estava em Deus.

Ali foi onde tudo surgiu

E nada surgiu além da Palavra.

Na Palavra estava a vida

E a vida era a luz do ser humano.”

 

“No começo primordial está o pensamento,

E o pensamento está com Deus,

E um ente divino é o pensamento.

Nele está a vida.

E a vida deve se tornar a luz do meu eu.

E queira luzir o pensamento divino no meu eu,

Para que a escuridão do meu eu

abranja os pensamentos divinos.”

 

“No começo primordial está o pensamento,

E um infinito é o pensamento.

E a vida do pensamento é a luz do meu eu.

Queira o pensamento luzente atingir a escuridão do meu eu,

Para que a escuridão do meu eu compreenda os pensamentos vivos,

viva e teça no seu princípio divino.”

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“Não eu, mas o Cristo em mim.”

 

“No começo primordial vive a memória

E a memória continua vivendo,

E divina é a memória.

E a memória é vida,

E esta vida é o eu do Homem,

Que no próprio Homem aflui.

Não ele, mas o Cristo nele.

Quando ele se lembra da vida divina,

Na sua lembrança está o Cristo.

E na vida irradiante da memória o Cristo luzirá

Em toda escuridão atual.”

 

“No começo primordial era a força da memória.

A força da memória deve se tornar divina,

E um ente divino, a força da memória deve se tornar.

Tudo o que no eu surge deve se tornar de tal modo,

Que o surgido o seja a partir da memória divinizada permeada por Cristo.

Nela deve estar a vida. E nela deve estar a luz irradiante que,

Do pensamento recordante,

Brilha dentro da escuridão do presente.

E queira a escuridão, assim como ela é atualmente,

Compreender a luz da memória tornada divina.”