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     Os participantes serão instruídos a realizar o seu próprio mapa biográfico, que servirá para uma compreensão mais profunda de sua própria vida. O mapa biográfico permitirá a visão do todo e facilitará o trabalho de observação do fenômeno de sua própria existência. O mapa biográfico permitirá explorar de forma mais minuciosa os padrões e ritmos que foram ou estão sendo individualizados.

 

     O curso também focalizará o presente com o estudo dos espelhamentos e dos desafios atuais que a vida apresenta. Com base na primeira etapa, vislumbra-se os setênios já vividos, aquele no qual a pessoa se encontra e os setênios que virão. Vinculado à revisão do passado, o trabalho no presente visa às transformações necessárias e possíveis de serem realizadas no hoje, para a construção de um futuro melhor.

 

     Toda biografia é uma história de vida. Por um lado, há a corrente que vem do passado em relação ao futuro. Em geral, esta é a perspectiva mais explorada. Por outro lado, há a corrente que vem do futuro em direção ao passado. Esta é a corrente que preenche a vida de sentido, que vincula o ser humano à sua própria missão existencial. Aprender a perceber a corrente do futuro é um exercício para a evolução espiritual humana. Na abordagem do futuro entra como tema também o preparo para o pós-morte, os desafios da libertação cármica, a questão do mal e do sósia na biografia.

 

     O estudo biográfico é dirigido para o desvendamento do ‘mistério do eu sou’. O corpo físico, a vitalidade e a alma possuem leis que podem ser generalizadas. O espírito de cada ser humana, pelo contrário, é único. Por isso, ele é incomparável. Atualmente, as vidas humanas estão cada vez mais diferenciadas. Um dos fatores responsáveis por esta forte individualização é a busca pela evolução espiritual nesta mesma encarnação. No entanto, há também uma série de circunstâncias modernas que atuam como ameaçadoras à evolução do eu. A humanidade em tempos remotos foi guiada por líderes que deixaram regras morais para a conduta humana. Para o ser humano moderno, Steiner invertou a regra de ouro. A inversão da regra de ouro é o desafio para a autencidade do espírito humano em suas ações no mundo. O estudo biográfico, neste sentido, é um exercício para o encontro das forças genuínas que residem na essência humana de cada um.

Datas: Março  19 e 26

Abril  02, 16 e 23

Maio  07, 14 e 21

 

HORÁRIO: das 19h30 às 21h30

 

LOCAL: Casa Candieira - Rua Vereador Antônio Botelho, 54 - City Ribeirão

 (a uma quadra da Escola Guimarães Rosa)

 

 

 

Valor: R$ 990 à vista ou em 3 X de R$ 370

 

Inscrições: contato@editoralohengrin.com.br

 

 

A biografia como desafio lúdico

 

Jonas Bach

 

 

A educação biográfica intensifica a atenção individual na relação consigo mesmo, com o entorno natural, com o campo social. Assuntos como doenças, frustrações, traumas, acidentes, conflitos, decepções são os ingredientes da educação biográfica; assim como conquistas, realizações, sucessos, saúde, novos direcionamentos e horizontes. É válido em tomar consideração tudo que foi ou está sendo fato, acontecimento real na existência. Estes são os tópicos de trabalho. Na educação biográfica eles possuem valor quando tratados de forma panorâmica.

 

A percepção é desenvolvida no resgate rico e plural de fatos relevantes da existência. O julgamento superior é o desenvolvimento de considerações acima do agradável ou desagradável, bom ou ruim, certo ou errado. O destino simplesmente foi, está sendo. O julgamento superior direciona para o como eu quero que seja. A decisão elaborada é fruto dos dois aprimoramentos anteriores. Sem eles, é decisão precipitada ou viciosa. Viciosa no sentido de apenas repetir os padrões psíquicos e culturais que não pertencem à sua genuína vontade espiritual.

 

Uma decisão não elaborada segue as tendências do que é transitório. Uma decisão elaborada está pautada no permanente. O discernimento entre o permanente e o transitório é um dos exercícios básicos para quem quer elevar-se aos conhecimentos superiores. Estes exercícios não precisam ser realizados num momento apartado da vida como ela vem sendo, como se somente em workshops isolados da sociedade eles fossem possíveis. Pelo contrário, questões do destino se resolvem a partir de dentro dele, e não com a criação de situações artificiais que nunca acontecem no fluxo da vida como ela concretamente vem sendo.

 

Iniciação não é diversão gratuita que se obtém nos meios de entretenimento, é tornar o viver divertido aliado à seriedade do destino (Schiller). É brincar seriamente com a vida. É se responsabilizar divertidamente com o existir. Sem as duas características complementarmente opostas, fica-se numa tensionante busca de sentido ou sem sentido das coisas.

 

Encontra sentido (o lado sério) quem lida com o sem sentido (o lado provocante). O brincar aqui é a postura de leveza e segurança que a incógnita do destino solicita. Brincar sem seriedade é menosprezar a lei cármica. Responsabilizar-se sem brincar, é atrofiar o sentido e secar a fonte do entusiasmo.

 

Este artigo está publicado somente na internet e complementa as reflexões presentes no livro:

 

Sinasofia: meditações sobre o destino.